quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Seus hábitos
É um hábito prioritariamente noturno e os pichadores costumam se reunir em points predefinidos que pode ser uma lanchonete (são relatados que na década de 90 os Mc Donald´s da Lapa e da Avenida Santo Amaro eram os pointsmais visitados) ou festas (também nos anos 1990 as casas noturnas, Overnight e Toco eram redutos de muitos pichadores).
Quando a TV mostra uma reportagem e aparecem muros pichados ao fundo, alguns deles gravam e se for em jornal impresso recortam e guardam como um troféu.
O caso mais recente foi a pichação em frente a casa do casal Nardoni. Muitos pichadores são fumantes, outros bebem conhaque, pinga, cerveja ou fumam maconha. Como a condução de madrugada é incomum, pegam ônibus até a área escolhida (zona sul, norte, oeste, leste ou centro) e perambulam a pé a procura de muros, prédios, pontes ou onde mais a tinta do spray pegar. Existem também as chamadas “folhinhas” e agendas, que exercem o papel de reunir e colecionar assinaturas das turmas de diversos locais, dizem que uma “folhinha” de um pichador famoso ou antigo tem até valor financeiro no universo da pichação.
Suas caracteristicas
Costumam ser do mesmo bairro, amigos ora de infância, da mesma rua ou mesmo colégio. Andam em grupos e agem à noite, há pichações feitas a luz do dia, quando isso acontece eles fazem questão de citar escrevendo ao lado em letras pequenas “d dia”. O individualismo é apregoado quando um pichador diz “eu fiz aquele picho no alto daquele prédio” mas na verdade ele escreveu o seu vulgo e o nome da gang da qual faz parte há ocasiões que ele o faz sozinho mas pichar é um ação que traz na sua essência o sentido coletivo.
A maioria são menores de idade, office-boys, motos-boy, entregadores de pizza, estudantes da rede pública ou desempregados. Há relatos de pichadores que ficaram na ativa até os 25 anos de idade, mas a maioria permanece na pichação dos 13 anos de idade até a maioridade, onde o delito tem mais chance de se transformar em processo e, além disso, um artigo sem relevância dentro da cadeia pode causar má impressão entre os outros detentos.
Maioria jovens entre 13 e 18 anos do sexo masculino, já existem turmas de meninas pichadoras e grupos homogêneos. Às vezes as próprias namoradas são levadas a pichar e acabam espalhando para as outras amigas a aventura, criando uma curiosidade e uma sede de saber como é a sensação.
Maioria jovens entre 13 e 18 anos do sexo masculino, já existem turmas de meninas pichadoras e grupos homogêneos. Às vezes as próprias namoradas são levadas a pichar e acabam espalhando para as outras amigas a aventura, criando uma curiosidade e uma sede de saber como é a sensação.
Objetivo da pichação
A pichação tem o objetivo de chamar a atenção, o
querer ser alguém, isso é explicado quando eles citam que “picham por ibope”.
Ignoram muitas vezes o risco da noite violenta das cidades grandes, edifícios
altos, policiais, donos dos imóveis e marginais. “Inconscientemente esse
empecilho, que é o medo, é vencido e se torna combustível vertendo a chamada
adrenalina.”
A pichação a monumentos históricos é o tipo
de pichação mais arriscada, pois quase sempre esses lugares são vigiados e se
um passante vir um pichador fazendo isso a chance de espancamento é maior do
que se tivesse pichando um simples muro. As complicações a uma pichação de
monumento pesam mais que uma pichação em muro residencial. A pichação política
ou de protesto não faz parte da visão desses pichadores, é algo mais de si mesmo,
crítica a um governante ou frases de protestos são raras, às vezes um ou outro
com mais criatividade cita versos de rap, manda recados aos rivais, oferece o
“picho” a uma namorada ou a um amigo falecido “in memorian” .
A tribo dos pichadores
A Tribo Urbana dos pichadores (especialmente a
surgida nos anos 1990) é uma das mais diferentes na cidade de São Paulo e está
presente em várias capitais dos estados brasileiros. A geração 90 se espelha
nas brigas de gangsrivais
nos guetos de Nova Iorque nos anos 70 e 80, onde a pichação era usada para
ameaças ou demarcação de territórios. Um exemplo é o filme Colors de 1988 onde as gangs dos Crips e Bloods se enfrentavam e usavam
para diferenciar as cores azuis e vermelhas respectivamente. Uma característica
marcante das pichações na capital paulistana é a fonte tipográfica, onde todos
que eram do “movimento” procuravam seguir esse mesmo estilo que se espalhou
pelo Brasil afora.
“O piche
popularizou um estilo próprio, difundido sobretudo a partir da cidade de São
Paulo, de onde se estendeu por todo o país. A letra da pichação é composta por
traços retos que formam diversas arestas em uma forma homogeneizadora. A fonte
tipográfica ficou conhecida como “Iron Maiden”, por lembrar as letras usadas
nas capas dos discos dessa banda de heavy metal”.
Esses jovens que saem em grupo de madrugada para as
ruas para deixarem suas marcas em muros, portas de aço de estabelecimentos
comerciais, prédios (os pichos) são os mesmos jovens que de manhã tem uma
rotina normal de trabalho, casa e família, não são anormais ou com problemas
psíquicos.
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Seus Estilos
Estilo de Roupas
A preferência por roupas do estilo "skatista" ou
"grunge" é comum, o que não significa que todos que usam esse tipo de
vestimenta sejam pichadores.
Estilo de Músicas
No Brasil
No Brasil, existe uma diferença entre o grafite e a pichação. Ambas tendem a alimentar discussões acerca dos limites da arte, sobre arte livre ou arte-mercadoria, liberdade de expressão.
No Brasil, a pichação é considerada vandalismo e crime ambiental, nos termos do artigo 65 da Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), que estipula pena de detenção de 3 meses a 1 ano, e multa, para quem pichar, grafitar ou por qualquer meio conspurcar edificação ou monumento urbano.
No Brasil, a pichação é considerada vandalismo e crime ambiental, nos termos do artigo 65 da Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), que estipula pena de detenção de 3 meses a 1 ano, e multa, para quem pichar, grafitar ou por qualquer meio conspurcar edificação ou monumento urbano.
O inicio da pichaçao
Já na Antiguidade é possível encontrar elementos de
pichação. A erupção do vulcão Vesúvio preservou inscritos nos muros da
cidade de Pompeia, que continham
desde xingamentos até propaganda política e poesias.
Na Idade Média, padres pichavam os muros de conventos
rivais no intuito de expor sua ideologia, criticar doutrinas contrárias às suas
ou mesmo difamar governantes.
Com a popularização
do aerossol, após a Segunda
Guerra Mundial, a pichação ganhou mais agilidade e mobilidade. Na revolta
estudantil de 1968, em Paris,
o spray foi usado como forma de protesto contra as instituições universitárias
e manifestação pela liberdade de expressão.
Construído
no início da década de
1960, o Muro de
Berlim ostentou por
vários anos um lado oriental limpo e de pintura intacta, controlado pelo regime
socialista da União
Soviética, enquanto seu lado ocidental, encabeçado pela democracia
capitalista dos Estados
Unidos, foi tomado por pichações egrafites de protesto contra o muro. Até sua
derrubada, em 9 de Novembro de 1989, os dois lados do
muro representavam a discrepância entre a ditadura linha-dura soviética e a
própria liberdade de expressão garantida na democracia de Berlim Ocidental.
Pichação é o ato de escrever ou rabiscar
sobre muros, fachadas de edificações, asfalto de ruas ou monumentos, usando tinta
em sprayaerossol,
dificilmente removível, estêncil ou mesmo rolo de tinta.
Normalmente
são escritas frases de protesto ou insulto, assinaturas pessoais ou mesmo
declarações de amor, embora a pichação seja também utilizada como forma de demarcação
de territórios entre grupos. As vezes gangues rivais. Por isso difere-se do grafite,
uma outra forma de inscrição ou desenho, tida no Brasil como artística.
Ideologia
Normalmente são escritas frases de protesto ou insulto, assinaturas pessoais ou mesmo declarações de amor, embora a pichação seja também utilizada como forma de demarcação de territórios entre grupos. As vezes gangues rivais. Por isso difere-se do grafite, uma outra forma de inscrição ou desenho, tida no Brasil como artística.
Através da prática da pichação e da organização grupal dos jovens inseridos nessa atividade, pôde-se observar um dinâmico processo identitário, assim como a apropriação de ideologias que regem a sociedade capitalista, como os sistemas de comunicação e marketing e a competitividade mercadológica.
O que é pichação
Pichação é o ato de escrever ou rabiscar sobre muros, fachadas de edificações, asfalto de ruas ou monumentos, usando tinta em spray aerossol, dificilmente removível, estêncil ou mesmo rolo de tinta.
Normalmente são
escritas frases de protesto ou insulto, assinaturas pessoais ou mesmo
declarações de amor, embora a pichação seja também utilizada como forma de
demarcação de territórios entre grupos. As vezes gangues rivais. Por isso é diferente do grafite, tido no Brasil como arte.
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